ImagemSimulacao

Simulação Informática de Incêndio

Guia sintético no âmbito da utilização de ferramentas tecnológicas de simulação de incêndios, para definição de medidas de proteção para edifícios em caso de incêndio, promovido pela APSEI no âmbito do projeto Segurança 4.0

O que é a simulação informática de incêndio

Um incêndio é um fenómeno complexo, cujo desenvolvimento depende de vários fatores, nomeadamente:
  • Natureza da carga de incêndio (tipo de material, se está encapsulado ou não, etc.),
  • Geometria da carga de incêndio,
  • Condições ambientais (temperatura, humidade, pressão),
  • Envolvente (se está confinado ou não, geometria do espaço, absorção térmica da envolvente, etc.),
  • Termodinâmica (fluxos de convexão gerados pelo incêndio),
  • Dinâmica de fluídos da envolvente (sistemas de controlo de fumo, vento, etc.),
  • Meios de combate ao incêndio
A complexidade deste fenómeno e as variáveis são tantas, que dificilmente se pode prever o desenvolvimento de um incêndio sem recurso a ferramentas informáticas que consigam lidar com toda esta informação. Assim um programa de simulação informática de incêndio processa, através de fórmulas complexas, o seguinte tipo de informação:
  • Química do fogo
  • Dinâmica de fluídos
  • Termodinâmica
  • Transferência térmica
Do conjunto de cálculos realizado, resulta informação numérica (tabelas) e visualizações gráficas (imagens 2D e 3D) do desenvolvimento do incêndio no tempo, permitindo saber, entre outras, a seguinte informação:
  • Altura da camada de fumo
  • Temperatura da camada de fumo e da camada livre de fumo
  • Densidade ótica e visibilidade na camada de fumo
  • Natureza química dos gases no compartimento (teor de oxigénio, teor de monóxido de carbono, dióxido de carbono e outros produtos da reação), quer na camada de fumo quer na camada livre de fumo
  • Fluxos de gases nos vãos (entrada de ar e saída de fumo)
  • Gradientes de pressão nos diferentes compartimentos
  • Temperatura nas superfícies envolventes (paredes, teto, pavimento)
  • Radiação recebida num determinado ponto ou superfície

Para que serve a simulação informática de incêndio

De uma forma genérica pode-se dizer que as simulações de incêndio são necessárias sempre que for útil conseguir prever como é que um incêndio se irá desenvolver num determinado espaço. As suas aplicações são múltiplas:
  • Dimensionamento da resistência ao fogo dos elementos estruturais, permitindo prever a temperatura a que ficarão expostos, permitindo aferir se necessitam de proteção passiva e quais os requisitos para esta
  • Verificar as condições de sustentabilidade das vias de evacuação ao longo do tempo (altura do
    fumo, temperatura, toxicidade, visibilidade, etc.); isto é particularmente útil em circunstâncias em que por algum motivo as vias de evacuação sejam deficitárias
  • Validar a eficácia dos sistemas de controlo de fumo; isto torna-se relevante sempre que os
    sistemas de controlo de fumo não sejam totalmente regulamentares ou em que as características do espaço possam fazer com que o controlo de fumo possa ser menos eficaz, como sendo o caso de espaços com grande desenvolvimento em planta ou em altimetria
  • Análise de projetos de segurança contra incêndio, sempre que por algum motivo este não cumpra na íntegra os requisitos regulamentares
  • Desenvolvimento de legislação, permitindo ao legislador validar se os requisitos que está a prever são eficazes ou excessivos
  • Investigação pós-incêndio, permitindo modelar e compreender o que ocorreu
  • Investigação académica, podendo ser usado como contributo para interpretação de resultados de trabalho experimental ou para reduzir a quantidade de trabalho experimental necessário
No âmbito empresarial, as simulações informáticas de incêndio podem ser usadas nos seguintes contextos:
  • Projeto de segurança contra incêndio
  • Análise de risco de incêndio
  • Auditorias de segurança
  • Medidas de Autoproteção

Para que serve a simulação informática de incêndio

De uma forma genérica pode-se dizer que as simulações de incêndio são necessárias sempre que for útil
conseguir prever como é que um incêndio se irá desenvolver num determinado espaço. As suas aplicações são
múltiplas:

  • Dimensionamento da resistência ao fogo dos elementos estruturais, permitindo prever a temperatura a que ficarão expostos, permitindo aferir se necessitam de proteção passiva e quais os requisitos para esta
  • Verificar as condições de sustentabilidade das vias de evacuação ao longo do tempo (altura do
    fumo, temperatura, toxicidade, visibilidade, etc.); isto é particularmente útil em circunstâncias em que por algum motivo as vias de evacuação sejam deficitárias
  • Validar a eficácia dos sistemas de controlo de fumo; isto torna-se relevante sempre que os
    sistemas de controlo de fumo não sejam totalmente regulamentares ou em que as características do espaço possam fazer com que o controlo de fumo possa ser menos eficaz, como sendo o caso de espaços com grande desenvolvimento em planta ou em altimetria
  • Análise de projetos de segurança contra incêndio, sempre que por algum motivo este não cumpra na íntegra os requisitos regulamentares
  • Desenvolvimento de legislação, permitindo ao legislador validar se os requisitos que está a prever são eficazes ou excessivos
  • Investigação pós-incêndio, permitindo modelar e compreender o que ocorreu
  • Investigação académica, podendo ser usado como contributo para interpretação de resultados de trabalho experimental ou para reduzir a quantidade de trabalho experimental necessário
No âmbito empresarial, as simulações informáticas de incêndio podem ser usadas nos seguintes contextos:
  • Projeto de segurança contra incêndio
  • Análise de risco de incêndio
  • Auditorias de segurança
  • Medidas de Autoproteção

Manual de Boas Práticas

O texto acima faz parte da introdução do Manual de Boas Práticas da Simulação Informática de Incêndio que faz parte do Projeto Segurança 4.0 , promovido pela APSEI foi cofinanciado pelo COMPETE/Portugal2020/FEDER.

Ficha técnica

Autor

Paulo Ramos
ETU Fire Safety Consultants

Revisão

Bruno Lopes
ETU Fire Safety Consultants

Editor

APSEI

Coloque aqui a sua questão sobre o tema deste post

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *